terça-feira, janeiro 10, 2012

Paco Bandeira: Vítimas chamadas a depor


A filha de Paco Bandeira, aos 12 anos, será hoje chamada a depor logo a seguir à sua mãe para ambas confirmarem aos juízes doTribunal de Oeiras tudo o que já descreveram ao Ministério Público – o terror que viveram, entre 1997 e 2009, às mãos do cantor. A menor, por exemplo, viu o pai afiar facas, manusear armas de fogo e humilhar a mãe publicamente. As duas tinham os movimentos controlados por sistema de videovigilância montado em casa.
Segundo a acusação, M. C. B. terá dito muitas vezes que o pai era "mau" – isto apesar de a defesa do cantor garantir que a relação deste com a filha é "óptima". Hoje, às 14h00, Paco Bandeira começa a responder por crimes de maus tratos, violência doméstica, devassa da vida privada e posse de arma proibida.
Além da menina e de Maria Roseta Ferreira, mulher de Paco Bandeira, deverão ainda depor hoje Maria de Assunção Ferreira, irmã e tia das vítimas, e uma ex-empregada doméstica do casal, que diz ter presenciado os crimes.
M. C. B. tinha três anos no dia em que viu o pai encostar um revólver à cabeça da mãe, segundo a acusação. O medo que ambas tinham do cantor era tal que dormiam juntas e fechadas à chave no quarto, com a mobília encostada à porta para que o agressor não pudesse ali entrar de noite.
Paco Bandeira não ia às festas de anos da filha e desde Janeiro de 2009 – quatro meses antes de as vítimas saírem de casa – que não contribuía com dinheiro para a comida da filha.
Acusava a mulher de infidelidade com um padre e, em Maio de 2008, expulsou a mulher e a filha para a garagem para ver TV sozinho. 
PORMENORES
INFIDELIDADE
Para evitar que Paco Bandeira lhe atribuísse casos de infidelidade, Maria Roseta não falava nem olhava para outras pessoas. Isso tornou-a, segundo a acusação, uma mulher "solitária, triste e amargurada".
NEGA CRIMES
O cantor nega três dos crimes, admitindo apenas ser portador de armas e munições, para as quais as respectivas licenças já tinham caducado.
"PAI, NÃO MATA A MÃE"
Maria Ferreira, tia da menor e irmã de Maria Roseta, diz que ouviu uma vez a sobrinha, enquanto dormia, a gritar: ‘Pai, não mata a mãe.’
"OU COMIGO, OU MORTA"
Paco Bandeira terá dito à filha, em 2008, que a mãe nunca haveria de ter outra pessoa: "Ou comigo, ou morta."

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